Vida com Sabedoria – 10, abordará a vida de um dos maiores poetas brasileiros – meu contemporâneo; a quem tive o prazer de conhecer, conversar e pedir autógrafo em um livro seu. Mário Quintana nos dias de hoje seria uma badalada autoridade literária, mas sua realidade não foi assim por conta de seu jeito sincero de ser.
Sua postura e suas idéias angariaram muitos desafetos entre seus pares e, com uma robusta obra poética, não ocupou merecida cadeira na ABL. Estas mágoas ele também transmutou para o “Poeminha do Contra”. Por tudo isto resolvi, na Parte 10, homenagear nosso maiúsculo poeta gaúcho e brasileiro; ao invés do já mundialmente famoso Stephen Hawking como o planejado inicialmente.
VIDA COM SABEDORIA – Mário Quintana: …
Mário de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906 – P. Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Quintana fez as primeiras letras em sua cidade, mudou-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou p/ a Ed. Globo e depois na farmácia paterna. Considerado o “poeta das coisas simples”, com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar setenta anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Saiba mais !VIDA COM SABEDORIA – 10 IDÉIAS / PENSAMENTOS: …
1- [As Indagações]: A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas. 2- [O Trágico Dilema] Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro. 3- [Dos Milagres]: O milagre não é dar vida ao corpo extinto, Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo… Nem mudar água pura em vinho tinto… Milagre é acreditarem nisso tudo! 4- [Das Utopias]: Se as coisas são inatingíveis… ora! Não é motivo para não querê-las… Que tristes os caminhos, se não fora A presença distante das estrelas! 5- [Da Observação]: Não te irrites, por mais que te fizerem… Estuda, a frio, o coração alheio. Farás, assim, do mal que eles te querem, Teu mais amável e sutil recreio… 6- A arte de viver é simplesmente a arte de conviver… simplesmente, disse eu? Mas como é difícil! 7- Ah, esses moralistas… Não há nada que empeste mais do que um desinfetante! 8 – Mas o que quer dizer este poema? – perguntou-me alarmada a boa senhora. E o que quer dizer uma nuvem? – respondi triunfante. Uma nuvem – disse ela – umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo… 9- Maravilhas nunca faltaram ao mundo; o que sempre falta é a capacidade de senti-las e admirá-las. 10- Não me ajeito com os padres, os críticos e os canudinhos de refresco: não há nada que substitua o sabor da comunicação direta. Não deixem de ler “Vida com sabedoria – Parte 4” e “5 gigantes da poesia brasileira“, ambos abordam outros importantes autores, suas poesias, além do Quintana. E, é claro, há um Post sobre nossa imortal Cora Coralina.- Tagged: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meirelles, Cora Coralina, Mário Quintana, Poeta brasileiro, Rubem Alves, Stephen Hawking, Vida, Vinicius de Moraes
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