Excessos do Homo sapiens Pós-Moderno é uma reflexão sobre um mundo acelerado em inovações e conhecimentos que está a impor às pessoas, uma “aceleração” não-natural e estressante. Como o pesquisador e professor Augusto Cury diz: “… sem gerenciamento interno, o “risco de adoecer nesta sociedade estressante é altíssimo”. E o que seria o tal “gerenciamento interno”, segundo o mesmo pesquisador: “… é não ser marionete de pensamentos acelerados e perturbadores externos, de terceiros”. Já Michel Maffesoli o outro pesquisador e professor cujas teorias e idéias dão um suporte conceitual ao presente Post, diz: ” Creio que a pós-modernidade se caracteriza pela “sinergia” do arcaico e do desenvolvimento tecnológico. As tribos pós-modernas florescem, justamente, graças à expansão da internet e da tecnologia. Trata-se, em efeito, de um paradoxo, pois ao longo de todo o século XIX e boa parte do século XX a técnica se empregava, essencialmente, p/ racionalizar a vida social e eliminar tudo o que pudesse ser da ordem do emocional, do afetivo e das paixões. Hoje, ao contrário, essa mesma técnica promove o retorno dos afetos. É o que desenvolvo, também, no meu livro que acaba de sair na França: “Homo eroticus – as comunhões emocionais.”
EXCESSOS PÓS-MODERNOS – Reflexões A. Cury: …
Questionado sobre o que trouxe de novo às pesquisas relacionadas aos papéis da consciência e do inconsciente, Cury disse que sua grande contribuição foi “produzir conhecimento voltado a desvendar os mistérios da mais complexa das máquinas, a mente humana”. Neste sentido, acabou por descobrir a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), que trata-se de uma ansiedade com características novas, “embora tenha alguns sintomas semelhantes aos transtornos clássicos de ansiedade, como o Estresse Pós-traumático, a TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada, Ansiedade fóbica”. Dr. Augusto Cury também é autor da teoria Inteligência Multifocal, que analisa o processo de construção dos pensamentos, sendo um dos poucos pensadores vivos cuja teoria é estudada em cursos de mestrado e doutorado nos EUA, Europa e Brasil. Perguntado sobre: “Muita gente acha que o Mal do Século é a Depressão, mas o Sr. irá abordar em sua palestra que se trata da Ansiedade. Por que este enfoque?”
A. Cury – A Síndrome do Pensamento Acelerado é o mal do século, superando a depressão, por atingir pessoas das mais diversas idades, das crianças aos adultos, e de todas as classes sociais. Crianças e adolescentes estão esgotados mentalmente. Pais e professores estão fatigados sem saber a causa. Profissionais das mais diversas áreas já acordam sem energia e carregam seu corpo durante o dia. A depressão é o último estágio da dor humana, é uma doença gravíssima que precisa ser tratada. Atingirá 20% da população até o final desta década, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde). Mas a SPA, infelizmente, tem atingido uma parcela ainda maior da população, pois estimamos que mais de 85% das pessoas são acometidas por essa síndrome. SAIBA +++
EXCESSOS PÓS-MODERNOS – Reflexões M. Maffesoli: …
Para Michel Maffesoli o outro pesquisador em quem nos baseamos aborda, em resumo, a temática do presente Post, com um parágrafo lapidar: … “Dominado pelas imagens, pela velocidade e pela fluidez do instantâneo, que se sintetizam no império da internet, o mundo contemporâneo parece pulverizar a noção de sujeito. Não é, contudo, o que pensa o filósofo francês Michel Maffesoli. Em vez de pensar em avanço ou, ao contrário, em retrocesso, Maffesoli prefere falar de um mundo que se desenrola em formato de espiral. Em meio às novas tribos do século XXI, que se agregam em torno das redes comunitárias, aspectos arcaicos – desprezados ao longo de quatro séculos de racionalismo.” Perguntado sobre: “Parece que, agora, a própria noção de humano deve ser repensada. Precisamos abdicar de nossa antiga visão a respeito do homem porque, com o acelerado avanço técnico, ele já é outro. Quem é esse novo homem q acaba de nascer? Ainda haveria uma “alma” (um “sujeito”) dentro dele?” M. Maffesoli: Creio que devemos evitar o falso debate entre o racional e o irracional. Inspiro-me na posição de Max Weber, segundo a qual o não racional é não irracional, mas tem racionalidade própria. Recordo, ainda, uma ideia do economista italiano V. Pareto, segundo a qual o não lógico não é igual ao ilógico, mas tem lógica própria. É, além disso, a lição que podemos guardar de um antropólogo muito conhecido no Brasil, meu mestre e amigo Gilbert Durand, que tem sempre insistido no fato de q o imaginário não se opõe à razão. Uma das características ++ importantes do pós-modernismo é a ligação entre razão e sentido. Retornamos, assim, a uma concepção do mundo mais “holística”, na qual existe uma interação entre o material e o espiritual. Chamo tal sinergia de “ecosofia”. Ela nos obriga a ultrapassar a noção de sujeito para considerar a de comunidade. E nos força, ainda, a alargar nossa visão do humano. Podemos, hoje, falar de um “humanismo integral”, isto é, de um humanismo que integra os diversos elementos de sentido que, até agora, eliminamos. SAIBA +++
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