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Desorientação Social é um Post com importantes alertas às pessoas do século XXI, que estão vivendo num mundo de pouca fé e esperança em valores transcendentes, onde valores humanos estão sendo trocados pelo valor do dinheiro, pelo ceticismo, o ateísmo e neoliberalismo de líderes insanos. Certamente a desorientação social de nosso tempo também tem a ver com a falta da orientação de bons professores e sábios, a exemplo de Tales de Mileto e tantos outros, que hoje foram trocados pelas megacorporações Google, Facebook, Netflix e outras empresas de mídia escrita e falada (rádios, TV e internet).

DESORIENTAÇÃO SOCIAL – algumas reflexões:
Usamos algumas referências iniciais do Domenico De Masi e seu livro (imagem acima), vale considerar as seguintes reflexões deste autor: ……..
A) Depressão Universal: Já por si só, essa constatação deveria nos bastar para termos uma atitude menos desconcertada em relação à sorte que nos faz viver aqui e agora. Mas o mundo não está de acordo e predispõe a uma depressão que se tornou totalizante a partir daquele 2 de abril de 2007, quando a New Century Financial, a sociedade americana especializada na concessão de empréstimos subprime, pediu concordata, desencadeando oficialmente uma crise financeira sem precedentes. Eduardo Galeano assim descreveu nosso sistema: “Os funcionários não funcionam. Os políticos falam mas não dizem. Os eleitores votam mas não escolhem. Os meios de informação desinformam. Os centros de ensino ensinam a não aprender. Os juízes condenam as vítimas. Os militares estão em guerra contra seus compatriotas. Os policiais não combatem os crimes porque estão ocupados demais em cometê-los. As perdas se socializam, os rendimentos se privatizam. O dinheiro é mais livre do que as pessoas. As pessoas estão a serviço das coisas”.
B) A Raiz da Inquietação: Procurei compreender as causas dessa depressão que se expande até nos países de pib alegre. A riqueza total do planeta cresce 3 ou 4 pontos ao ano; o número de Estados democráticos quase ultrapassou o dos regimes autoritários; a média de vida se alongou em toda parte, e em toda parte a medicina tornou um pouco mais suportáveis as enfermidades e a velhice; de ano em ano as tecnologias nos fornecem instrumentos cada vez mais eficazes para não esquecermos, não nos isolarmos, não nos perdermos, não ignorarmos, não nos entediarmos, não nos descuidarmos. No entanto, cresce uma inquietação dividida entre passividade e angústia.Em um livro anterior – O futuro chegou: modelos de vida p/ uma sociedade desorientada – , eu identificava a raiz sociológica dessa depressão universal na desorientação gerada pela crescente dificuldade de distinguir. Para nós, é cada vez mais difícil distinguir o verdadeiro e o falso, o bem e o mal, o bonito e o feio, o público e o privado, o q é de direita e o que é de esquerda, e até o que é macho e o que é fêmea, o que é vivo e o que é morto. A impossibilidade de distinguir nos dificulta julgar, educar, decidir e viver uma vida tranqüila.
C) Falta de um Modelo: No livro “O Futuro Chegou”, situei a causa da depressão na desorientação, a causa da desorientação na impossibilidade de distinguir, a impossibilidade de distinguir na falta de um modelo de referência, de um paradigma capaz de fornecer ao nosso juízo critérios precisos de avaliação e, ao nosso itinerário, balizas seguras. Dessa concatenação de causas fiz descender a incapacidade individual e coletiva de projetar o futuro. E quando não somos nós a projetar nosso futuro, outros o projetam por nós, agravando nossa sensação de impotência.
D) Anomalia Pós-Industrial: Essa situação incômoda é totalmente inédita. Sua anomalia, e as consequências que daí derivam, está no fato de que somente a nossa atual sociedade pós-industrial cresceu sobre si mesma, quase por germinação espontânea, sem um modelo pré-elaborado, sem um plano, um mapa, um esquema ao qual se amoldar. Todas as sociedades precedentes – da democracia de Atenas ao Império Romano, do Sacro Império Romano-Germânico às nações protestantes, dos Estados Unidos à União Soviética – surgiram com base em um modelo preexistente, quer fosse religioso ou laico. O mesmo se pode dizer dos Estados indianos, chineses, japoneses, muçulmanos que se sucederam ao longo dos séculos.
Saibam mais no artigo da revista IstoÉ – Edição 24.03.2017 – nº 2467 / Celso Masson.- Tagged: Arthur Schopenhauer, Desorientação, Domenico De Masi, New Century Financial, Putin, Tales de Mileto, Temer, Trump
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