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Invisibilidade social provoca sentimentos de desprezo e humilhação em indivíduos que com ela convivem. De acordo com Gachet, ser invisível pode levar as pessoas a processos depressivos. O ”aparecer” é importante para a espécie humana, ser valorizado de alguma forma é parte integrante de nossa passagem pela vida, temos que ser alguém, um bom profissional, um bom estudante, um bom pai, uma boa mãe, enfim, desempenhar com louvor algum papel social, diz.
A invisibilidade é um tema novo que esta relacionado a pessoas que exercem profissões desprovidas de status, glamour, reconhecimento social e adequada remuneração. Assim, os trabalhadores q executam tarefas imprescindíveis à sociedade moderna, mas assumidas como de categoria inferior pelos mais variados motivos, geralmente não são nem percebidos como seres humanos, e sim apenas como “elementos” que realizam trabalhos a q um membro das classes superiores jamais se submeteria. Em conseqüência, o que não é reconhecido não é visto. As profissões cujos elementos carregam este estigma da Invisibilidade Social, tais como lixeiros, garis, faxineiras, seguranças, frentistas, garçons e outras funções de caráter operacional.
Invisibilidade Social – algumas reflexões: …
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de doutorado da ‘invisibilidade pública’. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social. O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito horas como gari, varrendo ruas da USP. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são ‘seres invisíveis, sem nome’. Em sua tese de doutorado / USP, conseguiu comprovar a existência da “invisibilidade pública”, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida: “Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência”, explica o pesquisador. O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. ‘Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão’, diz. Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora [..]”. Saiba +++ ! Leiam e curtam 3 Posts que complementam esta temática: “Nossa Vida: 7 reflexões” , “Desejo Central – Qual o seu?” e “Vida Boa, Trabalho e Prosperidade”.- Tagged: Fernando Braga da Costa, Gachet, glamour, invisibilidade, profissionais, profissões, Socialmente invisível, USP
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