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Dramas no Ensino Básico, é uma abordagem superficial de uma problemática complexa e global. É uma síntese de recente conversa com uma dedicada professora do ensino básico, com mais de 10 anos de experiência em sala de aula e como alfabetizadora. Surpreendeu-me a revelação de que tem dispendido muito tempo e grande esforço em 3 questões anteriores ao Ensino, que são: Civilidade, Socialização e Orientação aos pais.
Com a palavra “civilidade” estamos querendo explicar q as crianças chegam aos 5 e aos 6 anos, na escola, quase selvagens quanto a regras de postura e conduta frente aos colegas e professores. Com a palavra “socialização” estamos nos referindo à questões básicas de relações humanas frente ao grupo social. Ambas as questões anteriores ocorrem pela falta da educação familiar. Assim a questão de “orientação aos pais” refere-se a falta de atitude, de exemplo de vida, de disciplina mínima e educação elementar; com que os pais (ou responsável) entregam sua criança à sociedade, à escola, aos professores.
Dramas na Educação – algumas questões: …
É preciso entender por que as crianças brigam. Será que elas simplesmente são agressivas, mimadas ou egoístas? É claro que não – elas estão, porém, passando por uma etapa crítica do desenvolvimento social, abandonando aos poucos o autocentrismo (… qdo. ainda não conseguem se colocar no lugar do outro ou compreender outros pontos de vista que não o delas mesmas). A escola tem um papel essencial nesse crescimento, oferecendo o primeiro ambiente em que os pequenos precisam dividir… Absolutamente tudo. A atenção, o afeto, o espaço, os brinquedos, que, em casa, estão sempre à disposição, agora são comunitários. E isso não é uma mudança fácil de se aceitar. Dessa adaptação, surgem os momentos de agressividade. Há duas formas de trabalhar as habilidades de socialização das crianças: através da prevenção e da intervenção. Elas vão se desenrolar ao mesmo tempo, ou seja, não são excludentes. A prevenção diz respeito a promover as competências necessárias para a solução de conflitos através de brincadeiras, atividades lúdicas e de grupo, antes que um desentendimento aconteça. É quando as crianças aprendem, sob supervisão e com situações planejadas, a reconhecer sentimentos, a dividir, a ceder ou insistir. Já a intervenção, por outro lado, vai ocorrer quando crianças ou grupos em particular estiverem com problemas de relacionamento. Nesses casos, são abordados os comportamentos específicos daqueles alunos em uma conversa (sempre privadas, não em frente ao resto da turma ou de maneira que possa humilhá-los). O professor pode sugerir alternativas, apresentar estratégias para lidar com as emoções, fazer perguntas para entender as origens do problema ou convidar a família para que ajam em conjunto. Saibam +++ em eduqa-me ! O livro “Disciplina Sem Drama” escrito por Daniel J. Siegel e Tina P. Bryson; propõe reflexões, tais como: Criança fazendo birra, gritando, chorando sem parar, o que fazer? Castigá-los, contrariá-los? Qualquer dessas opções são inúteis e têm efeitos momentâneos, pois, passado algum tempo, surgirá uma nova crise de birra e stress desgastante… Neurologicamente, o cérebro da criança reage de maneira contrária ao que esperamos diante de castigos, berros e palmadas. O que precisamos fazer nesses momentos de tempestades emocionais é tentar acalmar a criança e, depois, redirecionar o comportamento dela para a direção pretendida. Neste livro, o dr. Daniel J. Siegel e a dra. Tina Payne Bryson procuram transformar a disciplina em uma experiência boa, oferecendo uma variedade de técnicas baseadas nas pesquisas mais recentes no campo da neurociência referente ao desenvolvimento cerebral e comportamental da criança. Você aprenderá técnicas q incentivarão mudanças a curto e longo prazos no comportamento das crianças e adolescentes, ajudando-os a ser mais felizes. Saibam +++ no Livro. Para finalizar este Post, vamos lançar mão de mais algumas idéias da amiga professora e pedagoga de P. Alegre, da rede estadual de ensino; pois segundo ela: …” este é um assunto bem complexo, pois tem a ver com as mudanças nas estruturas das instituições como família, sociedade, escola… A escola atual está deixando de atuar em uma de suas áreas que é a de transmitir o conhecimento acumulado pela humanidade para retornar a sua função assistencialista, que era a de acolher e cuidar das crianças órfãos de guerra! A diferença é que atualmente são crianças “órfãos de pais vivos”, que não têm tempo pra elas ! Então hoje, nós professores, estamos tendo que: * Primeiro, civilizar que segundo o Dicionário Criativo: “é fazer sair do estado de barbárie”, “tornar polido, cortês bem educado” (ex. ´não pode morder o coleguinha´, ´não fincar o lápis´, etc…) ; * Segundo socializar, ou seja, ensinar as crianças a viver em grupo; * Só em terceiro plano está então, o transmitir os conhecimentos acumulados ! Certamente orientar pais, avós e responsáveis pela educação das crianças também tem sido nosso papel. Penso que estamos acumulando funções demais ! Por isso, em alguns casos, não se faz nem uma coisa, nem outra. Até porque os políticos e governantes brasileiros são péssimos em “copiar” métodos e programas educacionais estrangeiros. Tudo é mal copiado porque ninguém estuda o que está copiando, fica tudo de qualquer jeito e feito às pressas !!! Foi assim com o Construtivismo e está sendo assim com a Inclusão. Ainda vamos levar muito tempo pra avançar nestas questões !”.- Tagged: Construtivismo, Crianças, Daniel J. Siegel, Dramas, Educação Básica, Ensino Básico, Inclusão, Professores, Tina Payne Bryson
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