Rubem Alves foi, de fato, um grande escritor brasileiro contemporâneo. Falou de muitos aspectos da vida, da morte, de alegrias, de tristezas, de saudade e, principalmente, de seu amor por viver a vida e de seu encanto pelas crianças.Neste Post vamos abordar apenas um fragmento de texto – Pág. 257; do seu livro “Ostra Feliz Não Faz Pérola”, onde ele aborda a velhice sobre vários aspectos. Esta parte está focada na questão “Aposentadoria”.
Aposentadoria – a visão de Rubem Alves: …
Não é curioso isso, que a velhice sendo o destino de todos nós, não haja nada nas escolas, que nos prepare para essa experiência ? Acho que é porque as escolas, e especialmente as universidades, estão comprometidas em preparar seus alunos para o mercado de trabalho. Acontece que os velhos estão fora do mercado de trabalho. A nossa sociedade define a nossa identidade por aquilo que fazemos, da mesma forma que os objetos são definidos por aquilo que podem fazer. Lâmpadas: iluminar. Esferográficas: escrever. Lâminas de barbear: barbear. Quando estes objetos ficam velhos e não mais podem executar a sua função, são jogados no lixo.
Assim quem deixou de ter função econômica, deixou de ter identidade. Vai para um lixo chamado exclusão. Leia mais sobre Rubem Alves em nosso outro Post; ou no seu Wikipédia.
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