VIDA COM SABEDORIA – C. DRUMMOND DE ANDRADE

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31.10.1902 – RJ, 17.08.1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora (e a quem é dedicado o poema “O que viveu meia hora”, presente em Poesia completa, Ed. Nova Aguilar, 2002), e Maria Julieta. No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, “Alguma poesia” (1930). Drummond, como os modernistas, segue a libertação proposta por Mário e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo. Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade. Affonso Romano de Sant’ana costuma estabelecer a poesia de Drummond a partir da dialética “Eu x Mundo”, desdobrando-se em 3 atitudes: Eu maior que o mundo — marcada pela poesia irônica // Eu menor q o mundo — marcada pela poesia social // Eu igual ao mundo — abrange a poesia metafísica Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame. Mas o filme “Poeta das Sete Faces” [TOP ANEXO] abaixo, procura englobar as diferentes fases de sua obra – o diretor declarou: “Procurei mostrar a transformação e a mudança na obra de Drummond ao longo do tempo. Ele é um poeta múltiplo, complexo e completo.

 [TOP ANEXO] : Filme – O poeta das 7 Faces / Parte 1 (9)

VIDA COM SABEDORIA – 12 IDÉIAS / PENSAMENTOS