A ternura é vital e o cuidado é essencial às crianças. Precisamos parar de terceirizar o carinho e os cuidados com a criança e assumí-la como ser um humano único e singular. Esta perda das características individuais e dos traços naturais da personalidade em pról de uma coletivização (ou pasteurização) de comportamentos, não é nada bom. Se o Einstein ou o Thomas Edison tivessem sofrido esta influência que está sendo aceita como normal no mundo moderno, jamais teriam revelado sua genialidade e mudado o mundo. Nossas pesquisas nos apresentaram dois livros (fig. abaixo) que certamente trarão explicações claras e inequívocas aos jovens pais que estão incorrendo no erro de terceirizar a ternura, o afeto e o cuidado com os seus filho(a)s em pról de resultados financeiros de curto prazo, para maior conforto material. O impacto no emocional e na educação da criança são enormes e é uma perda, muitas vezes irreversível, para a saúde emocional e psicológica futura dos filhos.
Breve resumo do livro a “Criança Terceirizada”: …
Escrito pelo pediatra Dr. José Martins Filho, professor da Unicamp / SP e Membro do Conselho Brasileiro de Pediatria, o livro nos traz um olhar sensível e humano acima de todos os olhares acerca da paternidade e maternidade. O autor faz referência á perda da visão dos cuidados com o bebê passado de gerações em gerações, onde passou este cuidado, a ser terceirizado em nossa sociedade moderna, por creches e babás. Repassou também não só o cuidado, mas a educação dos filhos da modernidade, onde o pai e mãe passaram a ter cada vez mais, um papel secundário na educação de seus filhos. Refiro-me ao comportamento social dos pais trabalharem fora o maior período da vida do seu filho e este permanecer na posição de ?confinamento? em escolas de berçários de educação infantil. O autor chama á atenção para este fenômeno, classificando esta dinâmica como ?gaiolas de ouro?, onde o serviço prestado ás crianças em termos de espaço e atividades de última geração, onerosos e que possuem a capacidade de preencher todo o tempo de permanência da criança na escola, mas que, ainda é pobre no quesito atenção, afetividade e principalmente o direito da criança ser enquanto individuo único e com necessidades distintas, passando a ser parte da coletividade. Tudo é feito e trabalhado com base no coletivo, e a criança vai perdendo cada vez mais o seu espaço de individualidade nos contextos sociais que chamamos de escola. Para saber mais acesse o resumo do livro.
Breve resumo “Cuidado, Afeto e Limites”: ..
Vamos focar mais na análise do co-autor – o Dr. Ivan Capelatto: …Estado de risco: Co-autor de “Cuidado, afeto e limites”, o psicoterapeuta e professor Ivan Roberto Capelatto atende a crianças e adolescentes que estão nas duas pontas do chamado estado de risco: aqueles em profundo sofrimento mental e com depressão em andamento – alguns com sinais psicóticos ou sinais evidentes de drogadição ou desconforto com a estima; e, na outra ponta, com os “lúcidos”, aqueles bem cuidados e de pais presentes. “Os últimos, por estarem bem psiquicamente, não encontram uma ‘tribo’ para se relacionar e se sentem sozinhos, menores, rejeitados”. Capelatto é incisivo ao falar de um dos temas centrais do livro, referente aos problemas emocionais e comportamentais que crianças e adolescentes apresentam em função das recentes mudanças nas relações familiares. “O filho que não vive sob limites colocados por pais ou cuidadores pode se sentir ‘dono do mundo’, um ser narcísico, sem a capacidade de resistência às frustrações que a vida traz. E, sem resistir às perdas, pode adoecer, se machucar ou machucar outras pessoas”. Para saber mais leia à integra do artigo no PDF da Unicamp.
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