Certamente o que Sêneca – o filósofo, o professor e o político; mais buscou em sua longa vida foi a tranquilidade da alma e a felicidade. Não deve ter sido nada fácil para ele ter vivido em Roma sob o jugo de Calígula e depois de Nero, de quem foi tutor. Nós por aqui estamos há muitos anos vivendo sob o jugo de insanos Presidentes (Sarney, FHC, Lula, Dilma e Temer) e, muitos de nós, não aguentaram e outros tantos à beira de um ataque de nervos. Assim ser feliz e ter tranquilidade na alma são metas almejadas pela maioria das pessoas, mas obtida apenas por algumas pessoas mais sábias, afortunadas ou com grande dose de sorte ao longo da vida. Vale lembrar que Sêneca foi tutor de Nero, que no auge da loucura e poder mandou matar e mãe e, por fim, condenou seu mestre Sêneca ao suicídio voluntário (?). Ou seja, ele passou toda uma vida atormentado pelos poderosos imperadores romanos que oscilaram entre a falta de cultura, devassidão e loucura total.
Seneca algumas idéias e reflexões importantes:
Os escritos abaixo, são fragmentos do livro “Sêneca” publicado pela LPM. A partir da pág. 31, um discípulo faz alguns questionamentos sobre sua vida à Sêneca, gerando relatos (cartas) e reflexões como: I- Examinando a mim mesmo, ó Seneca, aparecem alguns vícios expostos tão abertamente que poderia segurá-los com a mão, outros mais obscuros e escondidos, outros ainda que não são contínuos, mas que voltam a intervalos intermitentes, os quais afirmo serem os mais incômodos, como inimigos escondidos que atacam nas ocasiões mais oportunas, contra os quais não se pode estar tão preparado como na guerra nem tão seguro quanto na paz. (…) Rogo, pois, se tens algum remédio com o qual possamos refrear esta flutuação, para que me consideres digno de dever a ti a minha tranquilidade. // Resposta de Seneca: … “Meu caro amigo Sereno, não há exemplo mais adequado que o mar, já tranquilo, guarda sempre uma certa agitação, mesmo depois da tormenta. O que tu desejas, é grande, de máxima importância e próximo de um deus: não ser abalado. Os gregos chamam a este estado estável da alma de eutymia (leia Demócrito). Eu o chamo de tranquilidade. Assim, devemos saber que o mal contra o qual lutamos não vem dos lugares, mas de nós mesmos; somos fracos para tolerar qualquer incômodo, não suportamos trabalhos, prazeres e desconfortos, por muito tempo”.
… e Sêneca vai discorrendo sobre a Tranquilidade da Alma ao longo de XIX (19) cartas ao discípulo Sereno. Assim, incluímos mais um interessante fragmento, do final da parte III … “Portanto, conforme a república se apresente e a sorte nos permita, vamos nos expandir ou nos retrair, mas, de todo modo, sempre haveremos de nos mover sem nos deixar entorpecer pelas amarras do medo. Além do mais, um homem de valor sempre está rodeado de perigos iminentes e, mesmo morrendo entre as armas e as algemas, não macula sua virtude nem a esconde, porque foi guardada e não enterrada. Se não me engano, Cúrio Dentato dizia que preferia estar morto a viver como um morto. O último dos males é sair do mundo dos vivos antes de morrer”.
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