2
abr
abr
Sobre este Post “O líder Castello Branco”, vale lembrar que não somos um historiador ou um político, logo nossa idéia é, escrever este breve Post como Eng. e cidadão brasileiro da classe média – pena que o Gov. atual nos odeie 🙂 . Assim nossa intenção é realizar uma análise não-política e desapaixonada sobre o “1964 e o Marechal Castello Branco”. Após minhas pesquisas o melhor resumo a que cheguei está no texto do presente Post. Mas afinal “1964” foi uma revolução ou uma contra-revolução? De certo modo, ambos estão certos e ambos estão equivocados.
Na concepção clássica, a palavra revolução é entendida como um movimento político radical e violento que remove à força, em geral por meio de uma guerra civil sangrenta, as classes dirigentes tradicionais, arrancando-as do governo e substituindo-as por uma outra força, composta pela nova geração emergente. Isso ocorreu na Revolução Americana de 1776 e durante a Revolução Francesa de 1789, ocasião em que a monarquia absolutista foi derrubada e a velha nobreza europeia viu seus privilégios ruírem. Evidentemente que o movimento político-militar de 1964 não promoveu nada disso. Em nenhum momento ele deixou de ser amparado pelas classes dominantes brasileiras (os empresários, os fazendeiros, e as grandes corporações estrangeiras) e mesmo pela Igreja Católica (até 1968).
O LÍDER E A MUDANÇA DE RUMOS DO BRASIL:
O que fez de imediato foi afastar o núcleo dirigente que cercava então o presidente João Goulart e, posteriormente, estendeu o seu raio punitivo, com o recurso às cassações e outros instrumentos repressivos, a outros setores da sociedade brasileira (líderes sindicais e partidários, jornalistas, intelectuais, artistas, acadêmicos, estudantes etc). Mas, passados os anos, observa-se que praticamente os mesmos grupos econômicos, sociais e midiáticos continuam no comando da sociedade brasileira, não ocorrendo pois uma substituição da camada dirigente. A influência da Sorbonne e da sociedade civil: … O movimento civil-militar foi solidamente alicerçado nas teorias autoritárias e anticomunistas defendidas e difundidas pela Escola Superior da Guerra (importante instituição fundada em 1949 pelo general Cordeiro de Farias, durante o governo do general Eurico Gaspar Dutra, para adequar o Brasil aos tempos da Guerra Fria). Conhecida no meio militar como a Sorbonne, formada por oficiais intelectualizados, entre eles o Marechal Castelo Branco e o Coronel Golbery do Couto e Silva, a ESG propunha que a elite civil-militar, nas devidas circunstâncias, devesse assumir o controle da nação brasileira, ainda que por meios excepcionais, para dar um combate mais eficaz à guerra revolucionária e psicológica desencadeada pelos comunistas apoiados por Moscou. Mesmo que isso significasse sufocar as liberdades democráticas ou suspendê-las temporariamente. Nos anos 60, asseguraram os teóricos da Sorbonne, o Brasil estava em vias de mergulhar numa “guerra revolucionária”. Os políticos janguistas e brizolistas, junto a seus aliados comunistas, esperavam implantar por aqui uma “nova Cuba”, nacionalista, autoritária e antiamericana, apoiada num cinturão de sindicatos sob a liderança da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), subvertendo totalmente a ordem social e constitucional do Brasil. Somente poderiam ser detidos por um golpe de força que após faria o realinhamento do País com os valores defendidos pelos Ocidentais (EUA/Europa Ocidental), corrigindo definitivamente a “derrapagem” do governo Goulart para a esquerda. Houve, como mostrou Renée Armand Dreifuss ( A conquista do Estado: ação política, poder e golpe de classe , Petrópolis, Vozes, 1981), um enorme apoio das organizações de empresários, comerciantes e banqueiros ao Ipes/Ibad que, aliados às classes médias, temerosas dos comunistas, fizeram uma ampla frente comum com os oficiais conservadores e com a Igreja Católica contra o governo de João Goulart. Criaram por isso mesmo um conjunto de instituições paralelas ao governo janguista para desestabilizá-lo e em seguida derrubá-lo. Mas afinal “1964” foi uma revolução ou uma contra-revolução? De certo modo, ambos estão certos e ambos estão equivocados. Na concepção clássica, a palavra revolução é entendida como um movimento político radical e violento que remove à força, em geral por meio de uma guerra civil sangrenta, as classes dirigentes tradicionais, arrancando-as do governo e substituindo-as por uma outra força, composta pela nova geração emergente. Isso ocorreu na Rev. Americana de 1776 e durante a Rev. Francesa de 1789, ocasião em q a monarquia absolutista foi derrubada e a velha nobreza europeia viu seus privilégios ruírem. Evidentemente q o movimento político-militar de 1964 não promoveu nada disso.REALIDADE INCONVENIENTE À “COMISSÃO DA VERDADE”:
Em nenhum momento ele deixou de ser amparado pelas classes dominantes brasileiras (os empresários, os latifundiários e fazendeiros, e as grandes corporações estrangeiras) e mesmo pela Igreja Católica (pelo menos até 1968). O que fez de imediato foi afastar o núcleo dirigente que cercava então o presidente João Goulart e, posteriormente, estendeu o seu raio punitivo, com o recurso às cassações e outros instrumentos repressivos, a outros setores da sociedade brasileira (líderes sindicais e partidários, jornalistas, intelectuais, artistas, acadêmicos, estudantes etc). Mas, passados os anos, observa-se que praticamente os mesmos grupos econômicos, sociais e midiáticos continuam no comando da sociedade brasileira, não ocorrendo pois uma substituição da camada dirigente. Há muito mais material disponível nas Fontes consultadas, mas não é nossa prática escrever Post´s longos. Assim para quem quer saber mais desta época histórica de nosso país, abaixo está a relação das Fontes consultadas: … http://noticias.terra.com.br/educacao/historia/brasil-1964-revolucao-ou-contra-revolucao,64ddfd981c915410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html http://homemculto.com/category/revolucao-de-1964/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_partidos_pol%C3%ADticos_no_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Brasil_em_1964 https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/O_cenario_politico_partidario_do_periodo- Tagged: Brasil, Castello Branco, cidadania, Golbery do Couto e Silva, Líder
- 0
Warning: A non-numeric value encountered in /home/u190732815/domains/escolatrabalhoevida.com.br/public_html/wp-content/themes/AegaeusWP/includes/theme-likes.php on line 72
0
Não há comentários