A palavra “holocausto” muito usada e, até de certo modo só vinculada à questão judaica, para referir-se aos milhões de mortes de seu povo na 2ª Guerra Mundial pelos nazistas. Mas  queremos tomá-la  emprestada  para nos referir aos milhões de jovens brasileiros (e do mundo) mortos no trânsito,  armas de fogo e outras formas de violência de 1990 para cá. Este foi um Post publicado na sua versão  1 – inicial, em Ago. 2013, mas em menos de dois anos voltamos a reeditá-lo por perceber um agravamento desta questão tão crítica para os jovens de nosso país e de todo mundo. Temos agora o EI cometendo atrocidades contra crianças cristãs, jovens e adultos; são ações desumanas, bárbaras e inconcebíveis; em pleno século XXI. Paz e Amor são palavras-chaves importantes, que estão em baixa, infelizmente!

HOLOCAUSTO – NÃO HÁ ESTATÍSTICAS CONFIÁVEIS ?

Seria muito adequado que o governo brasileiro mostrasse uma estatística confiável para vermos a dimensão exata desta tragédia que, na minha opinião, acelerou-se muito de 2006 para cá, aditivada pelo tráfico de drogas quando, por conta da corrupção por dinheiro,  as autoridades que cuidam da nossa  “IN”Segurança,  deixaram o Brasil  facilmente ser integrado à  logística do Tráfico Internacional.

HOLOCAUSTO – MILHARES DE HOMICÍDIOS / NOTÍCIA UOL:

Reportagem de Ago.2013 : “Em 15 anos, 130 mil homicídios deixaram de ser contabilizados no Brasil, diz levantamento”. Estes números expressam apenas o que não foi contabilizado na estatística oficial e representam em torno de 18% do total. Então se fizermos uma matemática rápida destes 15 anos (1997-2012) chegaríamos ao lamentável número próximo a 1 milhão de jovens mortos só por homicídios. Imaginemos agora se adicionarmos a esta conta as mortes de jovens no trânsito e por doenças ?? 🙁

HOLOCAUSTO – E DAQUI A 15 ANOS ?

Acredito que o número dobre e assim passamos fácil de 1,5 a 2 milhões  de cidadãos (em 15 anos) que são eliminados da força de trabalho do país, dos esportes, das ciências e, principalmente, do direito à vida. Se esta estatística cobrisse os últimos 30 anos, teríamos aí um verdadeiro holocausto da juventude brasileira, que certamente ultrapassaria, em números, os judeus mortos na 2ª Guerra Mundial. Mas a investigação sempre será  lenta e superficial, talvez porque 71,4% das vítimas são negros, mulatos e pobres – segundo os estudos.

VIOLÊNCIA EPIDÊMICA:

Mas esta “epidemia de violência”  já está atingindo todas as classes sociais do Brasil, sem distinção de idade, gênero,  raça e condição socioeconômica. Como cidadão brasileiro, esta triste realidade me envergonha e muito me entristece. E, me solidarizando com as famílias atingidas, lanço algumas reflexões às nossas autoridades: 1) Até quando vamos tolerar este absurdo?; 2) Até quando vamos construir presídios, instalar cercas elétricas e implantar câmeras de segurança nas ruas e em nossas casas ?; 3) Maioridade penal é a discussão e o caminho certos ?; 4) Arrisco também perguntar sobre “onde foi parar o trinômio: carinho familiar, políticas públicas e bons colégios?”