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Limites Humanos e Superação é um Post que abordará a questão dos Limites. Há na matemática a Teoria dos Limites – que são usados no cálculo diferencial e em outros ramos da análise matemática para definir derivadas e a continuidade de funções. Mas os limites humanos são um grandes enigma. Até onde podemos ir ? Será que os limites estão fora ou dentro de cada um de nós? Você pode afirmar que são perguntas sem respostas; mas mesmo assim não consegue livrar-se delas, pois você é um ser em movimento, que deseja sentir-se vivo, realizar, construir, conquistar, evoluir, “testar seus limites”.
Assim o limite humano sempre foi uma das maiores preocupações do homem. Não há pensador, antigo ou moderno, que não tenha abordado o tema. Desde Sócrates, com seu “conhece-se a ti mesmo”, que, ao estimular o autoconhecimento, esperava criar consciência dos limites pessoais, até Friedrich Nietzsche, que, em 1892 lançou o livro Assim Falava Zaratustra, abordando o tema da superação humana. Nessa obra, Nietzsche reescreve as idéias de Zaratustra, também chamado Zoroastro, um profeta do século VI a.C., que teria escrito o código moral, político e religioso dos antigos persas, e que se referia ao fato de que os homens, em algumas circunstâncias deveriam se superar, ampliando seus limites, transformando-se em verdadeiros “super-homens”.
Limites Humanos e Superação: algumas reflexões
A) Você conhece os seus Limites ? – A angústia humana diante de suas dificuldades rotineiras fez aparecer alguns personagens de ficção que funcionam como uma espécie de “imagem projetada” do homem comum. O Superman que conhecemos das revistas ou do cinema é apenas um dos super-heróis de plantão, criado em 1933, em plena grande depressão americana, por Jerry Siegel e Joe Shuster. Para resolver aquela crise, só mesmo um homem com super poderes. Parece então que o super homem de Zaratustra passa por Nietzsche e chega até Siegel e Shuster. Da Pérsia aos EUA com escala na Alemanha em um parágrafo, simbolizando o medo de chegar ao limite, e a esperança de poder ultrapassá-lo. Resta a certeza de que sempre podemos ser melhores do que somos, e que isso é uma conquista diária, e que não seremos salvos por nenhum super homem, apenas por nós mesmos ! O limite do prazo, o limite da competência, o limite do saldo bancário, o limite da paciência serão, na verdade, projeções do limite interno de cada pessoa, o limite do humano? Há controvérsias, mas duas verdades são inquestionáveis – a primeira: o limite é individual; a segunda: o limite não é fixo. O fato de sermos “indivíduos” nos torna únicos, com características absolutamente indissociáveis de nós. O que somos, incluindo aí os nossos limites, deriva da interação de nossa genética com o aprendizado acumulado ao longo de nossa vida. Não somos só biologia ou só sociologia. Somos ambos. O pensamento pertence à nossa condição humana, mas é aprimorado através do convívio social e da percepção do mundo. Empurrar os limites significa aumentar o raio de ação. Significa ganhar mais espaço para viver e para criar vida ao nosso redor. Saiba +++ .
B) Realização pessoal plena – A realização pessoal consiste em um esforço individual para descobrir algo diferente e fixar isso, sempre desafiando a própria natureza. Não é somente conseguir o resultado desejado, mas também transformá-lo em experiência, a qual será o grande retorno do esforço despendido. Esse Caminho obriga a pessoa a remar contra a obviedade e envolve a necessidade de cuidar pessoalmente de seu objetivo. A decisão de trilhar esse Caminho acontece quando a pessoa resolve não ser igual a todo mundo, descobrir algo especial em sua vida, contando com um esforço consciente, encontrado dentro de si mesma. Conforme G.I. Gurdjieff, tradicionalmente, havia três Caminhos para a realização individual: … • Caminho do faquir: desenvolve a força de vontade através da ampliação dos limites do corpo físico; • … do monge: desperta potencialidades especiais através de conexão religiosa, c/ afastamento do mundo; • … do iogue: permite o acesso a uma realidade mental diferente através de meditação, que clareia a mente. No entanto, Gurdjieff desenvolveu mais um caminho: o Quarto Caminho, que reúne os três caminhos anteriores e os insere no cotidiano. Este cotidiano, que podemos chamar de desperto, possibilita a fixação do nome individual, o qual deixará algum legado importante à humanidade. Mesmo sem saber nada sobre o Quarto Caminho, muitos o trilharam, pois introduziram em suas vidas um desafio que não é apenas realizado, mas transformado numa marca individual. Conhecemos muitos casos de pessoas que conseguiram vencer, enriquecendo a sua vida e, ao mesmo tempo, propiciando um salto evolutivo à sociedade. Saiba +++ .
Escrevemos outros 4 Posts que complementam a temática atual: “Vocação. Profissão. Realização” , “Homem Transcendente – Séc. XXI” , “Sentimentos humanos superiores” e “Profissão. Vocação. Missão” .
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